segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Jeitinho Brasileiro e a Política by Levi Freire Jr


É triste saber que o brasileiro ainda utiliza o “famoso jeitinho” para fazer imperiosas as suas vontades, jeitinho este que é mal visto em todo o mundo.
 
Costuma-se falar mal dos políticos e de suas atitudes aéticas, no entanto, muitos deles são reflexos de muitos de nós, o povo, que  continua a querer tirar vantagem de quase tudo e quase sempre, sem respeitar a si, o próximo e a coletividade. Como é possível se falar de ética e honestidade se não a praticarmos?
 
No mês de outubro de 2012 o brasileiro foi às urnas para eleger seus representantes municipais, e como me assusta presenciar a reação da população diante da política, que em pleno século XXI e toda sua evolução científica e até mesmo social, ainda agrega valores políticos arcaicos e retrógrados.
A política deveria ser encarada como arte e não com tanta lamúria, e neste sentido, fico a me perguntar cadê os “Maquiavéis” para romper com tradições que de tão antigas podemos chama-las de medievais? Os maquiáveis somos nós e somente nós, o povo, podemos nos levantar contra aqueles que negligenciam a ética, a honestidade, a humanidade e responsabilidade de se estar em um cargo público.
Em contra partida, o que percebemos é que o povo tem se conformado com as arbitrariedades de seus governantes, sendo comum ouvir: “ - o candidato fulano de tal rouba, mas faz” é lamentável que o povo tenha absorvido tamanho acinte ao que é correto, digno e justo.  Roubar e fazer JAMAIS podem ser utilizados como sinônimos e tão pouco como currículo para alguém se eleger como representante de um povo. Para esta situação parafraseio Antonio de Oliveira Salazar (1889 – 1970), presidente e primeiro-ministro de Portugal, que declarou: “Cada povo tem o governo que merece”, qual seja, na sua participação ativa ou na omissão de sua força cidadã.
As eleições já aconteceram, é fato! E com isto, faz-se imperioso lembrar que o processo democrático não termina com a finalização do processo eleitoral, é necessário que o povo se conscientize que sua participação deve ser ativa, efetiva e direta ao longo dos 4 anos do mandato do seu representante.  

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