O Brasil da Homofobia by Levi Freire Jr

O dia 17 de Maio foi marcado com a comemoração do dia Internacional contra a Homofobia além de relembrar que a homossexualidade não é doença, tem uma característica de protesto e de denúncia. Infelizmente, além de conviver com a violência o homossexual no Brasil tem que “conviver” com as intolerâncias de uma sociedade machista e hipócrita que permite tudo durante a época do carnaval, “conviver” com lideres religiosos fundamentalistas que não descobriram o respeito ao próximo, quiçá descobriram o amor de Deus.   

Transcrevo, abaixo, um texto que escrevi no fórum do site jurídico Jus Brasil no dia 13 de maio de 2010 sobre  a  “audiência pública para discutir o projeto que institui o "Estatuto das Famílias", na Câmara dos Deputados,  que se transformou num embate acirrado entre defensores da união homoafetiva e religiosos”. Infelizmente após dois anos o assunto continua atual. 

"Give me a Break"

Por favor, me dá um tempo! Que Língua estamos falando? A sociedade brasileira está falando a língua da ignorância, intolerância, da discriminação, do desamor, da hipocrisia?

É um absurdo que em pleno século XXI ainda existam certas discussões em nosso país! É um absurdo que após a constituição de 1988, ainda tenhamos que driblar o preconceito que insiste em aportar em nossa sociedade de maneira silenciosa e em outras vezes declarada e descaradamente!

A discussão em tela é salutar para o crescimento de nossa sociedade, da defesa do interesse da coletividade, mas, sem esquecer do direito individual que permeia nossa legislação, pois, todos são iguais em direitos e obrigações.

Prezado senhores, instituído de qual poder estão investidos os pastores, padres, rabinos, e outros lideres a fim de cercear ou de "estuprar" um pilar de nossa constituição que é o direito da dignidade humana? Nenhum! O que se discute igreja nenhuma pode interferir, nem o próprio Deus se alegra com tal arbitrariedade! Senhores, não podemos esquecer que nosso país é laico, ou seja, significa que o Estado é obrigado a ter uma atitude crítica e separadora da interferência da religião organizada na vida pública das sociedades contemporâneas, nosso país não é Teocrático.

Desculpem, mas, estamos a falar de que? Estamos a falar das escolas dominicais, das sabatinas ou será das aulas de catequese? Não! Estamos a falar de direitos! De dignidade! De Amor!

Alguns devem estar a pensar: quem é este cara? Ah, deve ser alguém que não conhece a Deus. Ledo engano! Senhores, não é a toa que meu nome é hebreu que significa unido e de acordo com a Bíblia, é o nome de um dos 12 filhos de Jacó e uma das 12 Tribos de Israel. Me chamo Levi, sou neto de Pastor, sobrinho de Pastor, família de católicos e judeus. E posso lhes dizer de cátedra que o que esta em voga nesta discussão são preceitos que nada tem haver com o amor de Deus e tão pouco com a espiritualidade, me contraponho a um mal que se chama RELIGIOSIDADE! Retirem as travas dos olhos, parem de ter atitudes mecânicas e HIPOCRITAS! Deixem de fazer como os fariseus, que defendiam as "leis das escrituras" e não pensavam na essência de suas ações que deveria ser o amor!

Pare de reproduzir o que você ouve, vá pesquisar, mergulhe fundo, ficar no raso não agrada a Deus! Usar um discurso para intimidar ou fazer uma analogia a um Deus tirano, desumano, perverso não é o melhor caminho para o convencimento.

É importante lembrarmos que a homossexualidade, termo correto, não é doença, não é opção, não é crime, não é religião. A homossexualidade é um comportamento como bem denota o sufixo "dade", é uma emoção, pois, trata-se de amor entre pessoas , é uma razão, pois, ocorre entre pessoas racionais que trabalham, estudam, viajam, passeiam, pagam os impostos com o mesmo percentual de qualquer outra orientação sexual.

Para finalizar gostaria de contrapor uma afirmativa disposta neste fórum que um homossexual não pode ser cristão, isto sem duvidas é uma incoerência e um preconceito absurdo, chega a ser um discurso homofóbico. Eu sou homossexual, meu relacionamento com Deus está pautado na verdade, no amor, na espiritualidade e não neste teatro feito por atrizes e atores que estão dentro das igrejas que em nome da religião querem instituir uma nova inquisição, só que desta vez a caça não é contra as bruxas e sim contra aqueles que se relacionam e amam os iguais.

No âmbito, jurisdicional nada justifica não conceder um direito constitucional e que versa sobre os direitos humanos.

Já que tantos versículos foram citados, gostaria de retomar a discussão para o âmbito legal e deixar para vossa reflexão o artigo 5º da carta Magna



Foto extraída do:paradiversidade.com.br

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, (...)"

Levi Freire Jr.

BRT - Bus Rapid Transit - Belém/Pará by Levi Freire Jr

Sou sempre muito otimista, mas Infelizmente existem projetos que nascem fadados ao insucesso. Não precisa ser um especialista para perceber que tal BRT não resolverá o problema do trânsito e tão pouco do transporte público em nossa cidade. 



BRT Bogotá - Colômbia

Belém possui uma população, com a Região Metropolitana – RMB,  de  2.100.319 habitantes de acordo  com o senso IBGE/2010.  Sabemos que grande parte destes moram na região metropolitana que não será contemplada, pelo menos não diretamente com tal projeto.  Grande parte  do fluxo de carros e ônibus vem desta região.

O mais adequado para uma cidade em constante crescimento é criar vias de acesso e escoamentos e não diminuir as que já existem.  Diminuir vias é uma burrice, desculpem, não sou especialista, mas não precisa ser para perceber que isto NÃO RESOLVERÁ o problema, talvez nem o “status” de paliativo tal projeto consiga alcançar.



BRT

É fato que em breve mais dinheiro público, o meu e o seu dinheiro, terão que ser gastos para “consertar”  o que esta sendo feito com o tal BRT.

Fico me perguntando, porque não um “Monorail”  como aqueles que  ligam os parques da Disney em Orlando na Flórida, e existentes em tantas cidades pelo Mundo? De inicio Já imaginou um metrô de superfície que contemple toda a área metropolitana fazendo a linha São Brás a Santa Izabel, por exemplo?  Quantas pessoas seriam atendidas e quantos carros ficariam nas garagens?



Monorail



O fato é que o BRT virá e espero, sinceramente, estar errado com meus sentimentos sobre o mesmo.

Horário de Visita em Hospital by Levi Freire Jr



Por que atender bem se posso atender mal?

Gostaria de poder entender o que está acontecendo com as pessoas e não relaciono somente a cidade de Belém, isto é em âmbito de Brasil e mundo.

Minha narrativa tem como foco principal o completo descaso com o bom atender, com as boas maneiras, com a boa educação, com os bons costumes.


A prestação de serviços está cada vez mais “falida”, é claro que não estou generalizando, é “incrivelmente” absurdo como cada vez mais nos deparamos com pessoas grossas e despreparadas no exercer de seu ofício.

O mais recente caso aconteceu no dia 08 de maio de 2012 na cidade de Belém quando fui até o Hospital Porto Dias visitar um Jovem amigo. Desde que recebi a notícia de que estava internado minha rotina mudou, pois, fiquei preocupado e tenso, algo natural quando pessoas que amamos ficam doentes.

O que não é natural é que pessoas que trabalham com a vida e no setor de saúde percam sua sensibilidade, é absurdo ver pessoas no exercício de sua função cauterizar suas mentes diante da angustia de parentes e amigos que buscam apenas um conforto: o de ver restabelecida a saúde daquele que se ama.

Nos últimos anos o Hospital Porto Dias vem crescendo e reputo salutar seu crescimento, percebemos as melhoras em sua infraestrutura, na sua organização, mas o que quero perceber mesmo é a melhora no crescimento da HUMANIZAÇÃO a começar por aqueles que fazem a “linha de frente”, a recepção! Dando nomes aos personagens é importante que a Sra. Adriana Barros que faz a triagem durante o horário de visitas (18h às 19h) aprenda não somente o conceito da palavra humanização mais também o conceito da palavra EDUCAÇÃO, e se desta forma não for possível, pois, educação é um pressuposto básico dos valores conferidos por nossos pais durante nossa formação como adultos, então, que esta senhora apenas se dignifique a olhar para o outro fazendo o exercício do RESPEITO.

Mais absurdo ainda é que algumas pessoas por estarem tão convictas da impunidade por parte de seus empregadores é que ouvimos “perolas”, como ouvi da Sra. Adriana Barros: “estou fazendo o meu trabalho e se você quiser pode ir a ouvidoria reclamar!” Seria cômico se não fosse trágico alguém dizer que tratar mal, constranger ou desrespeitar o outro é prerrogativa do seu trabalho.

E os culpados por tal atitude, quem são? Somos nós que muitas vezes não reclamamos, por acharmos que nada irá mudar, mas posso garantir por experiência própria que muda sim!


NÃO ADIANTA empresas gastarem tanto tempo, energia e dinheiro em treinamentos e capacitação SE seu colaborador não tem o mínimo de comprometimento com o ser humano. Quem quer trabalhar com o público tem que respeitá-lo, do contrário dê lugar a outro.

Minha reclamação foi feita no site do Hospital Porto Dias e pelo e-mail da ouvidoria. Estou no aguardo das providências e comunicarei aos meus leitores, caso tenha resposta.