sexta-feira, 20 de julho de 2012

CHEGA DE HOMOFOBIA NESTE PAÍS! By Levi Freire Jr


Após postar em meu perfil em uma rede social  a frase "Chega de homofobia neste país!Lei rigorosa para esse tipo de crime já!" e a matéria www.youtube.com/watch?v=9xV1EfqNx-o&feature=related  sobre os irmãos gêmeos que foram agredidos por terem sido confundidos com um casal homossexual, recebi de uma amiga uma resposta que me deixou assustado pela falta de sensibilização para um problema tão grave e real!

“Não acho que o Brasil seja um país homofobico, homofobia é querer agredir, xingar, matar os gays é claro q isso acontece, sempre tem uns babacas por aí, so acho que temos que ter cuidado até onde essa lei vai, afinal nem tudo deve ser tratado como homofobia. As vezes as pessoas tem seu próprio preconceito de sí mesmo.”


Meu caros leitores, não podemos tapar o sol com a peneira!  O Brasil é sim um país homofóbico! Quem esta lhe falando é um homossexual que só não é vitima diária de preconceitos diretos por saber se posicionar e agir de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro. Mas isto não me exime de ser vitima de violência!

Antes de falar sobre algo  é necessário que as pessoas entendam melhor sobre o que é respeito a dignidade de pessoas que tem seus direitos humanos  violados.  Neste rol estão os LGBTs, idosos, crianças e MULHERES!

E por falar em mulheres, milhares continuariam cada vez mais sendo vitimas de preconceitos e agressões se não tivéssemos avançado com leis mais rígidas, como a lei LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.  Você conhece a história de Maria da Penha Maia Fernandes? Biofarmacêutica, nascida em Fortaleza em 1945, vitima de machismo e DIVERSAS VEZES espancada por quem deveria lhe proteger, o marido Marco Antonio Heredia Viveros que tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez atirou e na segunda tentou eletrocutá-la. Por conta das agressões Maria da Penha ficou PARAPLEGICA. O agressor foi condenado a oito anos de PRISÃO, mas por meio de recursos jurídicos ficou preso por dois anos sendo SOLTO em 2002, hoje está livre! EM 2006 o presidente Lula sanciona a Lei e se ela existisse antes o agressor de MARIA DA PENHA NÃO ESTARIA SOLTO.



COM ISTO, quero lhe dizer que é este mesmo machismo, preconceito e falta de leis mais rígidas que fazem com que milhares de LGBTs no Brasil sejam vitimas de violências e muitas delas fatais!  Infelizmente, não são poucos os babacas! Existem muitos por aí!


De acordo com o GGB - Grupo Gay da Bahia, o Brasil é o primeiro colocado no MUNDO em assassinatos homofóbicos. Pra termos uma ideia do que isto representa a população dos Estados Unidos é cerca de 100 milhões a mais de habitantes que nosso país, lá foram registrados 9 assassinatos de travestis em 2011, enquanto no Brasil, foram executados 98 “trans”. O risco de um homossexual ser assassinado no Brasil é 800% maior que nos Estados Unidos.





Detalhando o ano de 2011 no Brasil tivemos 266 assassinatos de gays, travestis e lésbicas, 6 a mais que em 2010, um aumento 118% nos últimos seis anos (122 em 2007). Os gays lideram os “homocídios”: 162 (60%), seguidos de 98 travestis (37%) e 7 lésbicas (3%). Estes números foram os casos noticiados na imprensa, não podemos esquecer os casos que não foram notificados!


Travesti Agredido


Brasil e um TRISTE 1º LUGAR: Assassinatos homofóbicos! O Brasil concentra 44% do total de execuções de todo o mundo.


 Segundo o site Queerlife, Noxolo Nogwaza, 24 anos, foi encontrada morta na cidade de Kwa-Thema (África do Sul) e acredita-se que tenha sido a mais recente vítima lésbica de “violação corretiva” praticada na África do Sul.



Por que é preciso criminalizar a homofobia? Veja:



Portanto, não venha me dizer que precisamos ter cuidados com estes “tipos de leis!”  são os GLBTS que precisam cada vez mais ter cuidado com este tipo de gente que gratuitamente agride, xinga e mata! 




segunda-feira, 16 de julho de 2012

Celular, Internet e sinais de Fumaça! By Levi Freire Jr


Vez ou outra lembro minha infância e nossos telefones pareciam funcionar melhor do que hoje!

Aqui no Brasil exercitamos o tempo todo uma virtude: a Paciência! Creio que somos um dos povos mais resilientes no que tange a utilização dos serviços de telefonia móvel e de internet que de larga só tem o preço e banda me lembra metade qual não chega nem a isto o recebemos das operadoras!

Quem nunca passou pela situação de estar conversando com um amigo, com um fornecedor, com um cliente e no meio da conversa a ligação cair? O pior é que ainda rimos de nossa desgraça ligamos novamente para nosso interlocutor e ainda comentamos: “ahhh esta operadora fulana de tal está horrível! A ligação vive caindo!”



Quando tudo "cai" tenho que fazer sinal de fumaça, pois, é a única maneira que encontro para me comunicar! Mas quando chove nem sinal de fumaça é possível! 

Que bom que em alguns Estados a justiça vem se posicionando! Então minha gente o negócio é reclamar!

Em 2012, Rubens Braga completaria 99 anos e se estivesse por aqui não precisaria escrever uma nova crônica, pois “O telefone” escrito na década de 1950 continua atual! Affff!     





O Telefone - Crônica de Rubem Braga

Honrado Senhor Diretor da Companhia Telefônica:

Quem vos escreve é um desses desagradáveis sujeitos chamados assinantes; e do tipo mais baixo: dos que atingiram essa qualidade depois de uma longa espera na fila.

Não venho, senhor, reclamar nenhum direito. Li o vosso Regulamento e sei que não tenho direito a coisa alguma, a não ser a pagar a conta. Esse Regulamento, impresso no página 1 de vossa interessante Lista (que é o meu livro de cabeceira), é mesmo uma leitura que recomendo a todas as almas cristãs que tenham, entretanto, alguma propensão para o orgulho ou soberba. Ele nos ensina a ser humildes; ele nos mostra o quanto nós, assinantes, somos desprezíveis e fracos.

Aconteceu, por exemplo, senhor, que outro dia um velho amigo deu-me o prazer de me fazer uma visita. Tomamos uma modesta cerveja e falamos de coisas antigas — mulheres que brilharam outrora, madrugadas dantanho, flores doutras primaveras. Ia a conversa quente e cordial, ainda que algo melancólica, tal soem ser as parolas vadias de cupinchas velhos — quando o telefone tocou. Atendi. Era alguém que queria falar ao meu amigo. Um assinante mais leviano teria chamado o amigo para falar. Sou, entretanto, um severo respeitador do Regulamento; em vista do que comuniquei ao meu amigo que alguém lhe queria falar, o que infelizmente eu não podia permitir; estava, entretanto, disposto a tomar e transmitir qualquer recado. Irritou-se o amigo, mas fiquei inflexível, mostrando-lhe o artigo 2 do Regulamento, segundo o qual o aparelho instalado em minha casa só pode ser usado “pelo assinante, pessoas de sua família, seus representantes ou empregados”.

Devo dizer que perdi o amigo, mas salvei o respeito ao Regulamento; dura lex sed lex; eu sou assim. Sei também (artigo 4) que se minha casa pegar fogo terei de vos pagar o valor do aparelho — mesmo que esse incêndio (artigo 9) tenha sido motivado por algum circuito organizado pelo empregado da Companhia com o material da Companhia. Sei finalmente (artigo 11) que se, exausto de telefonar do botequim da esquina a essa distinta Companhia para dizer que meu aparelho não funciona, eu vos chamar e vos disser, com lealdade e com as únicas expressões adequadas, o meu pensamento, ficarei eternamente sem telefone, pois “o uso de linguagem obscena constituirá motivo suficiente para a Companhia desligar e retirar o aparelho”.
Enfim, senhor, eu sei tudo; que não tenho direito a nada, que não valho nada, não sou nada. Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem tuge, nem muge. Isso me trouxe, é certo, um certo sossego ao lar. Porém amo, senhor, a voz humana; sou uma dessas criaturas tristes e sonhadoras que passa a vida esperando que de repente a Rita Hayworth me telefone para dizer que o Ali Khan morreu e ela está ansiosa para gastar com o velho Braga o dinheiro da sua herança, pois me acha muito simpático e insinuante, e confessa que em Paris muitas vezes se escondeu em uma loja defronte do meu hotel só para me ver entrar ou sair.
Confesso que não acho tal coisa provável: o Ali Khan ainda é moço, e Rita não tem o meu número. Mas é sempre doloroso pensar que se tal coisa acontecesse eu jamais saberia — porque meu aparelho não funciona. Pensai nisso, senhor: pensai em todo o potencial tremendo de perspectivas azuis que morre diante de um telefone que dá sempre sinal de ocupado — cuém, cuém, cuém — quando na verdade está quedo e mudo na minha modesta sala de jantar. Falar nisso, vou comer; são horas. Vou comer contemplando tristemente o aparelho silencioso, essa esfinge de matéria plástica; é na verdade algo que supera o rádio e a televisão, pois transmite não sons nem imagens, mas sonhos errantes no ar.
Mas batem à porta. Levanto o escuro garfo do magro bife e abro. Céus, é um empregado da Companhia! Estremeço de emoção. Mas ele me estende um papel: é apenas o cobrador. Volto ao bife, curvo a cabeça, mastigo devagar, como se estivesse mastigando os meus pensamentos, a longa tristeza da minha humilde vida, as decepções e remorsos. O telefone continuará mudo; não importa: ao menos é certo, senhor, que não vos esquecestes de mim.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cadê as Cestas de Compras do Supermercado?


Não sei o que é pior! Não ter sacolas para levar as compras ou não ter cestas para escolher os produtos  ou ficar 20 minutos em uma fila de um suposto “caixa rápido” com as compras até o pescoço.

Com compras até o Pescoço! Cadê as cestas?

No dia 02.07.2012 passei pelo supermercado da rede Bompreço – Av. Raul Lopes, 1000 – B. dos Noivos – Cnpj – 13.004.510/0021-22 localizado dentro do Shopping Teresina/Piauí. 
As compras que fiz foram poucas para se colocar em um carrinho e muitas para se carregar nas mãos. Procurei pelas tradicionais cestas e as poucas existentes no supermercado estavam em uso por outros clientes. Procurei por um funcionário  com uma camisa  escrita: Posso Ajudar? E pedi a ele uma cesta e o mesmo resumiu sua resposta com um: infelizmente não tem!  O mesmo deu as costas e  foi embora!  Bem, o resultado foi seguir com as compras apoiadas no próprio corpo e até o pescoço, literalmente! 
20 minutos em um "Caixa Rápido"? Imagine se não fosse rápido!  
Entrei em uma fila que dizia “caixa rápido” e tive que esperar por 20 minutos até chegar minha vez! Os braços dormentes e cansados de tanto fazer malabarismo com as compras!
Ao menos uma coisa me deixou aliviado: não ter que carregar as compras nos braços até o hotel, pois, a “moda do ecologicamente correto” ainda não chegou neste supermercado, e tive direito a levar minhas compras em sacolas plásticas.
Alô grupo Bompreço! Que tal melhorar a qualidade da prestação de vossos serviços da loja supracitada?